Cinema independente em Sorocaba está tomando força, pois
muitos Cineclubes estão surgindo com proposta de inovar e trazer uma nova
consciência social e política ao que apreciam a sétima arte.
Marcelo Domingues, curador do Cine Café no SESC conseguiu
trazer esse projeto de filmes independentes e pouco divulgados e que buscam uma
ótica mais lapidada.
"O espaço foi idealizado há seis anos partindo do ótimo
acervo de filmes que estavam com os direitos autorais disponíveis para exibição
no SESC." informou Marcelo sobre o processo para iniciar o projeto em
Sorocaba.
Marcelo Domingues, curador do Cine Café (Arquivo Pessoal) |
Além desse processo, Marcelo explica que a curadoria propõe
um olhar sobre o cinema independente, também conhecido como cinema de autor,
pouco ou nunca exibido em salas convencionais. Propõe também a formação de
público para esse tipo de cinema e trazendo debates após as exibições dos
filmes.
Cleiner Micceno também é curador, porém da Oficina Cultural Grande Otelo que também traz filmes com temáticas não tão convencionais e que chamam um publico disposto a debater sobre diversos conceitos do cinema.
"A a proposta sempre foi mostrar filmes que fossem
diferentes dos filmes do circuito normal exibição. Buscamos sempre passar bons filmes,
para o publico que gosta e exige obras
diversificadas e de qualidade, mas que ficam à mercê das salas comerciais"
ressalta o curador que trouxe muitos filmes diferentes para o público da Grande
Otelo.
Com esses espaços muitas pessoas se interessaram pelo cinema
e trouxeram as propostas para outros ambientes, como Jenny Justino, curadora do
cineclube no Café Livramento onde trouxe filmes bem peculiares como: Que bom te
ver viva, filme-documentário onde narra sobre as mulheres na ditadura e
descreveram o que aconteceu nas torturas e os vestígios que ainda estão na vida
delas.
"O objetivo principal do cineclube que funciona no Café
é o de mostrar e valorizar as produções independentes. Logo, o cineclube está
aberto para quem possui um longa-metragem, uma vídeo-arte, um curta-metragem,
entre outros. A partir disso, entramos em contato com as pessoas e as pessoas
entram em contato para a viabilização das exibições, ou seja, a idéia é sempre
aumentar a rede de contatos locais, regionais e de quem mais tiver interesse
para somar na cena audiovisual."
Através desse espaço, Jenny se juntou a Fernanda Fontolan na
curadoria do Café Livramento,já que a linha de estudo sobre os cineclubes eram
semelhante e as propostas se interligavam, agregando ao projeto.
Debate após a exibição do filme: Poesia no Café Livramento |
Matéria realizada por Fernanda Atayde